07 dezembro 2013, sábado .
Âmbar
A Resina de algumas árvores, há cerca de 45 milhões de anos, deu origem ao âmbar.
Estas pequenas criaturas ficaram aprisionadas em resina há cerca de 45 milhões de anos e deram origem ao âmbar, uma substância dura, pétrea que é encontrada em blocos dispersos entre argilitos e arenitos.
Quem poderia duvidar que estes seres - tão completos com todas as suas cerdas e antenas - são verdadeiramente formigas, moscas e até escorpiões, lagartos e inclusões de vegetais, fossilizados e perfeitamente preservados, tal como eram há milhões de anos?
Como foi possível, estes seres terem chegado intactos até nós?
O Âmbar que outrora era líquido e pegajoso: uma resina escorrendo dos troncos das árvores que cresciam em pântanos há cerca de 45 milhões de anos atrás, aprisionou muitos insectos que foram atraídos, então como agora, pelo aroma doce da resina e voaram até ela - com resultados fatais.
A resina entretanto, endureceu em pedaços sólidos, de forma gradual. Mais tarde a árvore morreu e o longo e lento processo da fossilização começou.
O lento e selectivo processo da fossilização
Nem todas as resinas dão origem ao âmbar - a maioria das resinas não fossiliza, uma vez que é constituida por elementos quimicamente instáveis,que decaem com o tempo.
No entanto, se pedaços de uma resina mais estável ficarem enterrados em sedimentos, podem fossilizar e eventualmente transformar-se em âmbar, passados milhões de anos.
A diferença entre o âmbar e o copal
A resina das árvores com apenas décadas ou mesmo séculos existência, embora ainda não esteja fossilizada, pode ter uma consistência e aparência algo semelhantes ao âmbar, e é por vezes confundida e vendida como âmbar.
Na realidade trata-se de copal e tem um valor comercial muito inferior ao do âmbar.
Como detectar a falsificações de âmbar
Ao longos da mais de uma década de actividade, a Âmbarfóssil já detectou inúmeras formas de falsificação de âmbar.
Infelizmente é habitual sermos visitados, nas feiras de minerais, por pessoas que nos apresentam peças de "âmbar" que na realidade não passa de um material sintéctico, ou na mellhor das hipóteses de copal ou aglomerados de resíduos de âmbar reaquecidos.
As falsificações mais comuns, são os colares fabricados em resina sintética, que podem passar por âmbar aos olhos de um amador.
Um especialista facilmente detecta estes materiais, uma vez que o âmbar têm uma fragrância suave e muito característica, o que o torna inconfundível.
Para identificar o verdadeiro âmbar também é importante verificar a temperatura do material. Outra forma de testar, mas um pouco mais destrutiva é aproximar de uma chama.
Num próximo artigo, prometemos abordar, com maior detalhe este assunto.
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Blogger: Ângelo Barbosa - Âmbarfóssil
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